Este blog foi criado exclusivamente para os pais de um grupo de crianças com quem trabalhei, de forma a acompanharem os trabalhos desenvolvidos com os seus filhos, entretanto este grupo já cresceu e voaram da minha mão , agora exploram um novo mundo lá fora :) . Achei que não devia simplesmente eliminar o blog e aproveitei-o para colocar alguns trabalhos que vou fazendo na minha prática pedagógica. Espero que gostem desta partilha!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pão por Deus



Aqui estão os saquinhos que fizémos na escolinha para amanhã pedirmos o "Pão por Deus" e ainda aprendemos algumas Cantilenas enquanto se anda de porta em porta:

"Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andai com Deus."


Ou então:

"Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz

Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
P´ra vir dar um tostãozinho." (Esta foi o Gon Gon que nos ensinou - Obrigada Gon Gon)



Quando os donos da casa dão alguma coisa:

"Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho."


Quando os donos da casa não dão nada:

"Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto."

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A casa feita de sonho

A casa feita de sonho





Leve como uma pluma,

alta como uma torre,

quente como um ninho

e doce como o mel,

assim imaginei

desde pequeno

a minha casa…






Mais tarde, quando me encontrei só no mundo, como não tinha dinheiro, resolvi construí-la com as próprias mãos. Fiz primeiro a minha casa de papel, que é um material barato.

E assim que ficou pronta, vieram todos os ventos da Terra e levaram a minha casa de papel, leve como uma pluma…

Fiquei sem casa, mas não desisti. E fiz a minha casa à beira-mar, com areia da praia, que é um material barato.

Mal estava pronta, vieram todas as marés do mundo e levaram a minha casa de areia, alta como uma torre…

Deu-me vontade de desistir, mas eu precisava de uma casa, e sobretudo não podia abandonar o meu sonho.

E resolvi fazer a minha casa de madeira, que é um material barato. Cortei-a dos bosques, com as próprias mãos!

Ficou linda!… Escondida entre a folhagem…

Mas ainda mal a tinha acabado, vieram todos os fogos do céu e queimaram a minha casa de madeira, quente como um ninho… Chorei sobre as cinzas, como se chora uma pessoa querida que morreu.

Mas, mesmo assim, não desisti. E resolvi fazer a minha casa de açúcar…

Mas o açúcar não é um material barato! Pois não…

Mas eu precisava de uma casa, e sobretudo, não podia abandonar o meu sonho.

Trabalhei, lutei, passei fome, para juntar o açúcar suficiente…

E quando a minha casa estava pronta — eram de açúcar as paredes, o chão, o tecto, os móveis, as portas e as janelas — vieram todos os bichos da Terra e devoraram a minha casa de açúcar, doce como o mel…

Fiquei sem casa. E desisti de construí-la com as próprias mãos…

Perguntam-me onde moro… Onde moro eu? Sei lá!… Vou pelo mundo, aqui, além, no bosque, à beira-mar… Perguntam-me se não tenho casa… Tenho, sim! Eu podia lá abandonar o meu sonho!…

Resolvi imaginá-la. Num sítio onde não chega o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra.

Fiz a minha casa com o meu próprio sonho. Ficou linda!

Leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel…


Adaptação

Ricardo Alberty

A casa feita de sonho

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Folha Amarelinha!!




Encontrei na minha rua
uma folha amarelinha,
Estava caída no chão
porque já era velhinha.


Mais além encontrei outra
Amarela cor do ouro,
Estava caída no chão
Porque já era Outono!!